Em todos os casos de seqüestro que a polícia consegue localizar o cativeiro, segue-se um longo processo de negociação que objetiva cansar o seqüestrador e libertar a vítima. O sucesso da polícia só ocorre quando ela tem muito mais paciência e astucia que o seqüestrador, mas não foi o que aconteceu no caso Eloá Pimentel.
Depois de mais de 100 horas de cerco policial e negociações, o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) da polícia de São Paulo, perdeu a paciência e invadiu o cativeiro, o que resultou na morte de uma das seqüestradas.
Sem ter informações detalhadas sobre o que ocorria no interior do apartamento, o grupo de elite tentou resgatar Eloá explodindo a fechadura, mas Lindemberg tinha obstruído a passagem com uma mesa e uma estante. A ação da polícia durou 15 segundos, tempo suficiente para o seqüestrador atirar nas duas vitimas.
Durante os dias que Lindemberg manteve Eloá e Nayara em cativeiro, o GATE teve inúmeras oportunidades de matar o seqüestrador, mas com medo da repercussão negativa, resolveram o problema da pior maneira possível, ou seja com a morte de Eloá.
Agora Lindemberg está vivo e preso, provavelmente será condenado e passará alguns anos se aperfeiçoando no mundo do crime, e quando finalmente terminar sua pena, ele estará pronto para aterrorizar toda a sociedade brasileira.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Era Isabela, agora Eloá
O ano começou com a imprensa espremendo até a última gota da tragédia que vitimou Isabella Nardoni e está terminado do mesmo jeito, só que agora é a vez de Eloá Pimentel.
O caso Isabella envolvia um mistério, a criança caiu do 6º andar do prédio onde residia o pai. No caso Eloá, não, a adolescente foi alvejada pelo seu ex-namorado com um tiro de revolver na cabeça depois de uma tentativa de resgate da meninas pela polícia.
Os dois casos são muito diferentes no modo como aconteceram. Isabella foi morta misteriosamente o que podia explicar o comportamento da imprensa, mas no caso Eloá não houve mistério, mas a histeria da imprensa foi a mesma.
A mídia brasileira não perde a oportunidade de transformar bandidos em celebridades instantâneas. No caso Isabella, o pai e a esposa ficaram na pauta de toda imprensa durante semanas, agora acontece o mesmo com o assassino de Eloá.
Lindemberg Alves ainda não deu entrevistas como aconteceu com o casal Nardoni que ocupou o horário nobre da TV para declarar todo o seu amor por Isabela. Lindemberg só foi filmado quando estava sendo preso, no dia que atirou nas duas adolescentes e recusa-se a falar sobre o caso, quer com a policia, quer com a imprensa, mas assim como o casal Nardoni, o assassino de Eloá já é uma celebridade e tomara que não apareça ninguém querendo copiar o comportamento do ex-namorado passional.
O caso Isabella envolvia um mistério, a criança caiu do 6º andar do prédio onde residia o pai. No caso Eloá, não, a adolescente foi alvejada pelo seu ex-namorado com um tiro de revolver na cabeça depois de uma tentativa de resgate da meninas pela polícia.
Os dois casos são muito diferentes no modo como aconteceram. Isabella foi morta misteriosamente o que podia explicar o comportamento da imprensa, mas no caso Eloá não houve mistério, mas a histeria da imprensa foi a mesma.
A mídia brasileira não perde a oportunidade de transformar bandidos em celebridades instantâneas. No caso Isabella, o pai e a esposa ficaram na pauta de toda imprensa durante semanas, agora acontece o mesmo com o assassino de Eloá.
Lindemberg Alves ainda não deu entrevistas como aconteceu com o casal Nardoni que ocupou o horário nobre da TV para declarar todo o seu amor por Isabela. Lindemberg só foi filmado quando estava sendo preso, no dia que atirou nas duas adolescentes e recusa-se a falar sobre o caso, quer com a policia, quer com a imprensa, mas assim como o casal Nardoni, o assassino de Eloá já é uma celebridade e tomara que não apareça ninguém querendo copiar o comportamento do ex-namorado passional.
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