segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Negociação de seqüestro, um exercício de paciência

Em todos os casos de seqüestro que a polícia consegue localizar o cativeiro, segue-se um longo processo de negociação que objetiva cansar o seqüestrador e libertar a vítima. O sucesso da polícia só ocorre quando ela tem muito mais paciência e astucia que o seqüestrador, mas não foi o que aconteceu no caso Eloá Pimentel.
Depois de mais de 100 horas de cerco policial e negociações, o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) da polícia de São Paulo, perdeu a paciência e invadiu o cativeiro, o que resultou na morte de uma das seqüestradas.
Sem ter informações detalhadas sobre o que ocorria no interior do apartamento, o grupo de elite tentou resgatar Eloá explodindo a fechadura, mas Lindemberg tinha obstruído a passagem com uma mesa e uma estante. A ação da polícia durou 15 segundos, tempo suficiente para o seqüestrador atirar nas duas vitimas.
Durante os dias que Lindemberg manteve Eloá e Nayara em cativeiro, o GATE teve inúmeras oportunidades de matar o seqüestrador, mas com medo da repercussão negativa, resolveram o problema da pior maneira possível, ou seja com a morte de Eloá.
Agora Lindemberg está vivo e preso, provavelmente será condenado e passará alguns anos se aperfeiçoando no mundo do crime, e quando finalmente terminar sua pena, ele estará pronto para aterrorizar toda a sociedade brasileira.

2 comentários:

Anónimo disse...

é nossa dura realidade, infelizmente.
Acho que a posição da polícia deveria ser outro, não só nesse caso, mas em todos.
O que deveria ser prioridade era a vida da vítima e não do bandido.

O fato é que muito acham essa tese a mais junta. Confeso que não condeno a atitude do tenente que estava a frente do caso, visto que se ele tivesse autorizado que o atirador tivesse matado Lindemberg, os chamados defensores dos 'DIREITOS HUMANOS' iriam cair em cima dele, não?!

Muito interessante e complexo esse tema.

Muito boa postagem.
Abraço fera.

Guerreiro Antonio disse...

Ótimo texto. Senti falta apenas de fotos (logo você, hein, Pacheco!!!) e links para vídeo.
Nota: 1,5
Clarissa