[Do lat. ethica < gr. ethiké.]
S. f. Filos.
1. Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.
Eu prefiro uma definição mais simples, “A Ética é a estética da existência”, infelizmente esta frase não é minha, mas reflete tudo o que eu penso sobre Ética. Quem admira um bandido? Ninguém o admira porque a sua existência não é bela, ou seja, ele foi anti-ético em algum momento. Somente as pessoas virtuosas, são realmente belas.
Assim como a ética é a estética da existência, a ética profissional é a estética profissional. A carreira de um profissional vai ser tão bela quanto a mais ético for o seu comportamento como profissional, mesmo não enriquecendo, todos o admirarão.
O cidadão ético não necessariamente será um profissional ético, mas um cidadão sem ética, será necessariamente um profissional sem ética também. A ética não estabelece somente os limites da ação, mas o modo como ela deve ser feita, por isto, os fins não justificam os meios.
Como código de conduta, a ética é maleável. Se um indivíduo comete uma atitude anti-ética e a sociedade aceita e adota aquela, como a novo modo de fazer, ela passa a ser o novo paradigma da ética. Por exemplo, a mulher fazer sexo antes do casamento, era errado há algum tempo, mas, algumas começaram a se comportar de maneira diferente da regra estabelecida pela sociedade e esta regra deixou de existir. A maleabilidade da ética é o que garante o desenvolvimento da sociedade, já que a conduta correta de hoje não necessariamente será daqui há algum tempo.
Os jornalismo talvez seja a profissão onde a ética seja mais necessária, já que trabalha diretamente com a opinião pública, interferindo nas decisões da sociedade, apontando os defeitos alheios e os expondo em público. Assim como o médico, o jornalista trabalha com a vida das pessoas, enquanto o médico cuida da saúde corporal, o jornalista cuida da saúde social dos indivíduos, podendo tornar a vida de um cidadão, muito pior do que a morte.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Você não pode comprar um bisturi e sair dizendo que é médico...
Nem comprar um capacete e sair dizendo que é astronauta, mas, se comprar uma máquina fotográfica, pode sair dizendo que é fotógrafo. Foi como começou o quadro do programa Fantástico do dia (05/10), estrelado por Luiz Fernando Guimarães, que interpreta Salgado Franco - “O Super Sincero”. Durante este episódio, o super sincero compra uma máquina fotográfica e coloca um anúncio no jornal, oferecendo seus serviços de fotógrafo.
Logo aparece um trabalho, fotografar um casamento, não é o que o personagem Salgado Franco queria, mas, como qualquer fotógrafo, não perde a oportunidade de faturar algum, mesmo não sendo um ensaio nu feminino, que era o seu sonho. Durante a festa, ele comete todos os pecados que um profissional de imagens não pode cometer. No final, Salgado Franco aparece com uma gatinha em seu apartamento, realizando o sonho de 9 entre 10 aspirantes a fotógrafos do sexo masculino, bancar o J.R. Duran por alguns minutos.
Embora trágico, o episódio foi muito engraçado. A tragédia está no fato de que a encenação, que era para ser uma caricatura, é o verdadeiro retrato da realidade. Qualquer pessoa pode comprar uma máquina fotográfica digital, usar regulagem automática e pronto, temos um fotógrafo. Também é trágico saber que uma profissão tão importante não é regulamentada. Só existe regulamentação para a profissão de repórter-fotográfico, ainda assim, quase todos os fotojornalistas de Teresina são leigos.
A lei é totalmente desrespeitada na capital piauiense e não existe nenhum tipo de fiscalização por parte do Sindicato dos Jornalistas, órgão responsável pela autorização a delegacia do trabalho conceder registro profissional (RP) aos profissionais da comunicação. Os empresários usam a mão-de-obra mais barata, como forma de otimizar seus lucros e nem sempre está empregado quem tem a melhor qualificação e talento.
Como os fotógrafos não se incomodam com a situação, tudo continua na mesma. A profissão de fotógrafo existe de fato, mas, não existe no direito, pois não temos lei que regulamente o ofício. Desta maneira, qualquer um pode adquirir um equipamento e oferecer o serviço, sem ter o mínimo conhecimento para desempenhar a função.
Para completar a desgraça, as academias de comunicação não preparam adequadamente seus estudantes de jornalismo para desempenhar a função de repórter-fotográfico. Há pelo menos 5 anos, nenhuma empresa de comunicação usa equipamento analógico, entretanto, as instituições de ensino continuam ensinando como revelar filme preto-branco aos alunos, coisa que o acadêmico jamais fará num jornal, revista ou qualquer outro meio de comunicação.
Confira o vídeo episódio de O Super Sincero (05/10/08)
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM892664-7823-SUPER+SINCERO+SALGADO+FRANCO+SE+TORNA+FOTOGRAFO,00.html
Logo aparece um trabalho, fotografar um casamento, não é o que o personagem Salgado Franco queria, mas, como qualquer fotógrafo, não perde a oportunidade de faturar algum, mesmo não sendo um ensaio nu feminino, que era o seu sonho. Durante a festa, ele comete todos os pecados que um profissional de imagens não pode cometer. No final, Salgado Franco aparece com uma gatinha em seu apartamento, realizando o sonho de 9 entre 10 aspirantes a fotógrafos do sexo masculino, bancar o J.R. Duran por alguns minutos.
Embora trágico, o episódio foi muito engraçado. A tragédia está no fato de que a encenação, que era para ser uma caricatura, é o verdadeiro retrato da realidade. Qualquer pessoa pode comprar uma máquina fotográfica digital, usar regulagem automática e pronto, temos um fotógrafo. Também é trágico saber que uma profissão tão importante não é regulamentada. Só existe regulamentação para a profissão de repórter-fotográfico, ainda assim, quase todos os fotojornalistas de Teresina são leigos.
A lei é totalmente desrespeitada na capital piauiense e não existe nenhum tipo de fiscalização por parte do Sindicato dos Jornalistas, órgão responsável pela autorização a delegacia do trabalho conceder registro profissional (RP) aos profissionais da comunicação. Os empresários usam a mão-de-obra mais barata, como forma de otimizar seus lucros e nem sempre está empregado quem tem a melhor qualificação e talento.
Como os fotógrafos não se incomodam com a situação, tudo continua na mesma. A profissão de fotógrafo existe de fato, mas, não existe no direito, pois não temos lei que regulamente o ofício. Desta maneira, qualquer um pode adquirir um equipamento e oferecer o serviço, sem ter o mínimo conhecimento para desempenhar a função.
Para completar a desgraça, as academias de comunicação não preparam adequadamente seus estudantes de jornalismo para desempenhar a função de repórter-fotográfico. Há pelo menos 5 anos, nenhuma empresa de comunicação usa equipamento analógico, entretanto, as instituições de ensino continuam ensinando como revelar filme preto-branco aos alunos, coisa que o acadêmico jamais fará num jornal, revista ou qualquer outro meio de comunicação.
Confira o vídeo episódio de O Super Sincero (05/10/08)
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM892664-7823-SUPER+SINCERO+SALGADO+FRANCO+SE+TORNA+FOTOGRAFO,00.html
domingo, 2 de novembro de 2008
Fotografia de imprensa, notícia para gente ver
Se a invenção da imprensa revolucionou a sociedade européia, disseminando conhecimento que possibilitou a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo. A fotografia mudou a forma como a notícia passou a ser transmitida pela redação e como passou a ser recebida pelo público, já que fotografia de imprensa procura transmitir a própria cena, o real literal, com a finalidade de convencer o leitorado da veracidade da sua informação.
Antes da fotografia, a imprensa era apenas a versão escrita que o jornalista tinha da realidade. Não existiam provas da existência daqueles fatos narrados. A partir do momento em que os jornais passaram a veicular fotografias, além do relato do jornalista, as notícias ganharam mais credibilidade, devido ao fato de que o público passou a ver o análogo de uma realidade, ou seja, da “verdade” que era conveniente ao jornal divulgar.
Apesar do processo fotográfico ter sido inventado no século XIX, a fotografia só iria aparecer nos jornais, reproduzida por meios totalmente mecânicos, em 1880. Até então, eram raros os momentos em que a fotografia era utilizada pela imprensa, devido a seu caráter inteiramente artesanal, ou seja, por meio da transcrição xilográfica.
Foi necessário o desenvolvimento de um novo recurso técnico denominado "halftone" para que a primeira foto fosse publicada em jornal. Segundo Freund no seu livro “ A fotografia como documento social”, diz qua a primeira fotografia só foi publicada em 4 de março de 1880, no Daily Herald, de Nova York, com o título Shantytown. Ainda assim, o seu processo de incorporação à imprensa foi lento. Foi preciso esperar até 1904 para que o Daily Mirror, jornal inglês, ilustrasse as suas páginas inteiramente de fotografias, e até 1919 para que o Daily News, de Nova York, seguisse seu exemplo.
Depois de revolucionar a imprensa, a fotografia continuou rompendo limites e estabelecendo novas fronteiras na Comunicação. O primeiro passo foi deixar de ser uma imagem estática e tornar-se imagens dinâmicas, em movimento. A fotografia foi a matéria-prima de outras mídias, como o cinema e finalmente a televisão, que levava o cinema até a casa das pessoas.
No começo, o sinal de TV não tinha um grande alcance, mas a partir da década de 70 do século passado, com o desenvolvimento da tecnologia de transmissão via satélite, o planeta tornou-se uma “aldeia global” como profetizou McLuhan, ainda na década de 50. Concluímos que o desenvolvimento da Comunicação foi a evolução da invenção de Niépce.
Antes da fotografia, a imprensa era apenas a versão escrita que o jornalista tinha da realidade. Não existiam provas da existência daqueles fatos narrados. A partir do momento em que os jornais passaram a veicular fotografias, além do relato do jornalista, as notícias ganharam mais credibilidade, devido ao fato de que o público passou a ver o análogo de uma realidade, ou seja, da “verdade” que era conveniente ao jornal divulgar.
Apesar do processo fotográfico ter sido inventado no século XIX, a fotografia só iria aparecer nos jornais, reproduzida por meios totalmente mecânicos, em 1880. Até então, eram raros os momentos em que a fotografia era utilizada pela imprensa, devido a seu caráter inteiramente artesanal, ou seja, por meio da transcrição xilográfica.
Foi necessário o desenvolvimento de um novo recurso técnico denominado "halftone" para que a primeira foto fosse publicada em jornal. Segundo Freund no seu livro “ A fotografia como documento social”, diz qua a primeira fotografia só foi publicada em 4 de março de 1880, no Daily Herald, de Nova York, com o título Shantytown. Ainda assim, o seu processo de incorporação à imprensa foi lento. Foi preciso esperar até 1904 para que o Daily Mirror, jornal inglês, ilustrasse as suas páginas inteiramente de fotografias, e até 1919 para que o Daily News, de Nova York, seguisse seu exemplo.
Depois de revolucionar a imprensa, a fotografia continuou rompendo limites e estabelecendo novas fronteiras na Comunicação. O primeiro passo foi deixar de ser uma imagem estática e tornar-se imagens dinâmicas, em movimento. A fotografia foi a matéria-prima de outras mídias, como o cinema e finalmente a televisão, que levava o cinema até a casa das pessoas.
No começo, o sinal de TV não tinha um grande alcance, mas a partir da década de 70 do século passado, com o desenvolvimento da tecnologia de transmissão via satélite, o planeta tornou-se uma “aldeia global” como profetizou McLuhan, ainda na década de 50. Concluímos que o desenvolvimento da Comunicação foi a evolução da invenção de Niépce.
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